"Arre
burro pra Loulé, carregado de café
Arre
burro para a Guarda, carregado de mostarda
Arre
burro pra Viana, carregado de banana
Arre
burro pra Lisboa, carregado
Com
os restos mortais
Do
Fernando Pessoa
E mais
os seus trinta heterônimos
-
Nem vão caber nos Jerônimos
A
Carroça dos Poetas
Segue
à solta a Poesia
E
eu vou dentro a recitar
O
poema da minha autoria
Meu
amor eu gosto tanto
Da
forma como tu gostas
Mas
por favor anda buscar
As
tuas unhas às minhas costas"
(Sérgio
Godinho)
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